domingo, 5 de dezembro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Manifesto Sarau Portátil da Cesta (SPC) dos parceiros de IML (Incendiários Maicknuclear e Laureatti)
Manifesto Sarau Portátil da Cesta
realizado pelo I M L ( Incendiários Maicknuclear e
Laureatti).
O mundo está mudando rápido e o Sarau da Cesta junto com o Sarau Portátil mudam lentamente na mesma velocidade da luz: Sarau Portátil + Sarau da Cesta = Sarau Portátil da Cesta, realizado pelo I M L ( Incendiários Maicknuclear e Laureatti ).
Através de surpreendentexcitantes misturas de poemas deveras inteligentes e exaustivamente trabalhados com música urbana de elementos teatrais-cinematográficos, o Sarau Portátil da Cesta declara morte às adiposidades cerebrais. Morte ao marasmo das academias literárias e às chatices dos saraus hipócritas-demagógicos que exigem palmas para não nos deixarem bocejar. Morte aos velhos e pomposos recitais que nos matam de sono quando nos obrigam a ficarmos acordados e até o final por educação. I M L neles ! ! !
Chega desses merdas de poetas comedidos bem comportados digestivos que agradam sem transformar.
Não distribuiremos sanduíches de presuntos nem adocicaremos tua vida com açucarados últimos suspiros. Dizia a filosofia que viver é aprender a morrer. Não tenha medo de morrer. É melhor ter medo de morrer sem ter vivido.
Faça algo agora ou cálice. Nada melhor que a noite pra fazer seu champanhe suar a taça.
Queremos suor, poesia e gozar antes, durantes e depois. E depois do começo o que vier vai começar a ser o fim. Agora somos uma legião ! ! ! Numa sociedade de massas às vezes o que você precisa é só mais um . . . mais um . . . mais um . . . se for enxame, examine. Se for manada, dinamite ! ! !
Queremos a poesia dos loucos, dos clowns de Shakespeare, brechtinianos, dos frascos e comprimidos, Boal e outros mundos possíveis ! ! !
Não queremos saber de poemas que não é libertação.
Poesia no interior do Piauí é luxo. O Piauí não é aqui. O Piauí é aqui.
Poesia no interior do Acre é milagre. O Acre não é aqui. O Acre é aqui.
São Paulo é grande porém não é o Brasil ! ! !
Nessa cidade poesia social é necessidade.
Nos chame de malucos mas não nos convide para uma revolução que não possamos dançar e cantar pela chuva. SOLidariedade: não somos mais piedosos, nem menos. Somos loucos. Loucos e mais um pouco.
Só muda se você mudar seu jeito. Só muda se você muda, sujeito!
Independência tem seu preço: Poesia ou morte ! ! !
Aplaudam se quiserem. Mas se for o caso, para serem sinceros, aplaudam verdadeiramente até nas mãos fazerem calos. Aplausos. Aplausos. Aplausos. E se de pé não for suficiente, aplaudam de joelhos. Aplausos. Aplausos. Aplausos.
Deixando velhos e pomposos recitais ou hipócritas-demagógicos saraus à vala comum de suas mediocridades e outras bobagens que levam ninguém a lugar nenhum, ao afastar-se dessas amarras, o Sarau Portátil da Cesta(S.P.C) é uma progressiva elevação artística, feita com equipamentos rústicos e pós-modernos para a sublimação mais-que-criativa, mais-que-revolucionária,
Coragem ! Pule !
É agora que descobrimos só agora que a vida é agora !
Poesia ou morte ! Independência tem seu preço ! S.P.C neles !
(Fim do Manifesto. Começo do fim do mundo. )
domingo, 5 de setembro de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Carta sobre a greve dos funcionários da USP
Nove de Junho/2009: 1 ano do confronto na USP, o dia em que a PM invadiu a Cidade Universitária e feriu estudantes, funcionários e professores, e mais do que isso, reabriu feridas de um país, periférico no capitalismo mundial, que busca aprender e ensinar como construir uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais igualitária onde a educação não seja tratada como caso de polícia, porém enquanto oportunidade para se pensar e realizar sociedades menos violentas, menos inseguras, menos corruptas. Humildemente caminhemos nesta direção, pois a natureza está com estafa do efeito estufa e de muitas outras mazelas humanas, demasiadamente humanas.
Violência é a fome causada pelo corte de salário dos trabalhadores, que têm em média os menores rendimentos da universidade, por exercerem constitucionalmente o direito de greve, mas é também, e talvez sobretudo, a negação aos filhos destas mesmas pessoas ao acesso aos capitais culturais e benesses intelectuais que esta mesma instituição mantém aberradoramente apartados, criando frustração, ódio e humilhação nas cabeças tantas e muitas vezes cansadas das tarefas diárias, entre outras, de limpar os ambientes, cortar grama, conduzir ônibus, servir refeições e zelar pela segurança.
E para a permanência dos poucos estudantes de baixa renda em uma das universidades públicas mais elitistas do país tornou-se ponto pacífico que este grupo estatisticamente em menor número dentro do campus aproprie-se de auxílios tais quais alimentação e moradias. Colocar em prática ações extremistas como são as ocupações, dentro e fora do campus, sinaliza que a questão não é só passar no vestibular. Aliás, não concordamos com o vestibular. Seria melhor estatizar as demais universidades e o problema de vagas pode ser repensado, desconstruído e outras conformações poderiam ser propostas, enfim, propostas, propostas, propostas.
Direito de greve, direitos humanos e condições necessárias para que estudantes de graduação e pós-graduação oriundos da classe baixa possam ter plenas condições de permanência nesta universidade e, é claro, para além dos muros, não se propaguem preconceitos nem ressentimentos, porém cidadania e arte. Cidadania é arte. É isso.
Acesse : http://movimentonn.org/jornal/noticia/territoriolivre/2215
Violência é a fome causada pelo corte de salário dos trabalhadores, que têm em média os menores rendimentos da universidade, por exercerem constitucionalmente o direito de greve, mas é também, e talvez sobretudo, a negação aos filhos destas mesmas pessoas ao acesso aos capitais culturais e benesses intelectuais que esta mesma instituição mantém aberradoramente apartados, criando frustração, ódio e humilhação nas cabeças tantas e muitas vezes cansadas das tarefas diárias, entre outras, de limpar os ambientes, cortar grama, conduzir ônibus, servir refeições e zelar pela segurança.
E para a permanência dos poucos estudantes de baixa renda em uma das universidades públicas mais elitistas do país tornou-se ponto pacífico que este grupo estatisticamente em menor número dentro do campus aproprie-se de auxílios tais quais alimentação e moradias. Colocar em prática ações extremistas como são as ocupações, dentro e fora do campus, sinaliza que a questão não é só passar no vestibular. Aliás, não concordamos com o vestibular. Seria melhor estatizar as demais universidades e o problema de vagas pode ser repensado, desconstruído e outras conformações poderiam ser propostas, enfim, propostas, propostas, propostas.
Direito de greve, direitos humanos e condições necessárias para que estudantes de graduação e pós-graduação oriundos da classe baixa possam ter plenas condições de permanência nesta universidade e, é claro, para além dos muros, não se propaguem preconceitos nem ressentimentos, porém cidadania e arte. Cidadania é arte. É isso.
Acesse : http://movimentonn.org/jornal/noticia/territoriolivre/2215
terça-feira, 22 de junho de 2010
Outro projeto cultural é possível
O Brasil passará por um processo eleitoral em 2010 que nos permite discutir os dilemas e as alternativas para a construção de uma profunda transformação social e cultural que possibilite ao povo ter acesso e condições de viver uma política cultural emancipatória e não-mercantil, tendo como impulsionador as verbas públicas com dotação orcamentária definida em leis, transformações estas universalmente construídas nos diversos setores da sociedade
Um projeto cultural que combata a mercantilização da cultura em seus mais diversos aspectos de produção, distribuição e divulgação, e que seja controlado, socialmente pelos que os sustentam: os trabalhadores. Que não subjugue os artistas aos ditames do mercado e de padrões éticos e estéticos oriundos de um conservadorismo neoliberal e elitista, vinculando a produção da cultura e da arte ao seu acesso, visibilidade e à construção coletiva transformadora, onde o homem e a mulher são o centro dos interesses, e não o lucro
Um projeto cultural que coloque a criação cultural e a preservação de nosso patrimônio artístico livres de padrões mercantis- ou seja, a serviço da população, saindo da lógica dos financiamentos privados e de parcerias que colocam a produção cultural e o fazer cultural de nosso povo na mesa dos critérios financistas e elitistas
Um projeto cultural que garanta um amplo financiamento público para a construção de condições de acesso e de aparelhos públicos de cultura, e crie condições para que o sistema educacional possa ser parte dessa construção coletiva e cotidiana de conhecimento e emancipação humana
Um projeto cultural que combata os estereótipos racistas.machistas e homofóbicos que são cotidiananmente difundidos pela "cultura midiártica oficial" e valorize a construção de uma hegemonia harmônica da tolerãncia, da convivência das diversidades e dos direitos humanos
Um projeto cultural que preconize a construção de outra estrutura de comunicação no país e a defesa da democratização dos meios destes mesmos canais, tirando-os das mãos dos grandes conglomerados internos e externos, e que priviligie a comunicação comunitária e a profusão popular e regional. É isso.
Um projeto cultural que combata a mercantilização da cultura em seus mais diversos aspectos de produção, distribuição e divulgação, e que seja controlado, socialmente pelos que os sustentam: os trabalhadores. Que não subjugue os artistas aos ditames do mercado e de padrões éticos e estéticos oriundos de um conservadorismo neoliberal e elitista, vinculando a produção da cultura e da arte ao seu acesso, visibilidade e à construção coletiva transformadora, onde o homem e a mulher são o centro dos interesses, e não o lucro
Um projeto cultural que coloque a criação cultural e a preservação de nosso patrimônio artístico livres de padrões mercantis- ou seja, a serviço da população, saindo da lógica dos financiamentos privados e de parcerias que colocam a produção cultural e o fazer cultural de nosso povo na mesa dos critérios financistas e elitistas
Um projeto cultural que garanta um amplo financiamento público para a construção de condições de acesso e de aparelhos públicos de cultura, e crie condições para que o sistema educacional possa ser parte dessa construção coletiva e cotidiana de conhecimento e emancipação humana
Um projeto cultural que combata os estereótipos racistas.machistas e homofóbicos que são cotidiananmente difundidos pela "cultura midiártica oficial" e valorize a construção de uma hegemonia harmônica da tolerãncia, da convivência das diversidades e dos direitos humanos
Um projeto cultural que preconize a construção de outra estrutura de comunicação no país e a defesa da democratização dos meios destes mesmos canais, tirando-os das mãos dos grandes conglomerados internos e externos, e que priviligie a comunicação comunitária e a profusão popular e regional. É isso.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Literatura é resistência
E falar sobre literatura é resistência. Resistir é lembrar que não se pode apenas receber a informação, implica reação. Além do que se apresenta é possível inferir dos enunciados outras realidades. O que é um sarau? Sarau é toda aquela reunião onde se ouve música, assiste filme, filosofa, lê-se trechos de livros, faz-se poesia, as pessoas se encontram. E em toda parte que nome daremos ao fato de que se nutre o ódio aos homens e procura-se espoliá-lo? Talvez por isso saraus sejam tão necessários. Hoje estão acontecendo mais de 60 deles.
Colecionar esta diversidade de exemplos vivos dos momentos de elaboração criativa da realidade: quando se elenca alguns saraus pensamos na Cooperifa, no Elo da Corrente, no sarau da Ademar, no sarau da Brasa, no Pavio da Cultura ( em Suzano) orientados por (r)evolucionários. As pessoas olham e ficam inspiradas. É para a auto-estima dos moradores da região onde podem ser encontradas crianças, jovens e idosos. Donas-de-casa, operários, professores e estudantes. Trocam-se experiências e incentivos. E travam a luta incansável contra a ignorância, mediocridade, conformismos e tristezas. Movimento dos sem palco, um quilombo, um lugar onde não se pergunta de onde você é, de que credo, cor, ou opção sexual. Só respeito e silêncio e o nome para ser chamado.
Realizamos 12 edições do Sarau da Cesta criado na FFLCH-Letras. O último Sarau da Cesta do ano 2009, mas não menos importante, contou com a presença de integrantes do Sarau da Casa das Rosas e a Turma do Morro do Querosene. Aliás, a sétima edição foi a derradeira do ano passado, porém num movimento gradativo, consciente e revolucionário estamos prenchendo os hiatos: um conjunto de escritores mais ou menos conscientes do seu papel, um conjunto de receptores e um mecanismo transmissor. Sarau da Cesta, FFLCH-Letras, Revista Áporo e a coleção Feito Na Letras, coordenada pelo professor Vicente Pietroforte.
Historicamente, a primeira edição foi no dia 3 de Abril no EPEL (Encontro Paulista dos Estudantes de Letras – que não acontecia há 20 anos) no lado externo ao prédio da Letras. A segunda edição aconteceu em 15 de maio com o tema: Você vai deixar sua vida ser regulada pelo mercado? Neste dia incorporamos um carrinho de supermercado que utilizamos como cavalete para um dos colaboradores pintar quadros, mais adiante serviu e serve para carregarmos os chapéus, banco, mancebo, tintas, além, é claro, de uma cesta cheia de livros para compartilharmos as obras, as palavras, os silêncios! Na terceira edição em 8 de Junho nos incorporamos ao movimento de greve na USP. Realizamos o sarau em frente à reitoria com o carro de som do SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP), com a participação de funcionários lendo poemas. E a quarta edição com o lançamento do livro Ávida Espingarda ( feito de poemas de alunos da Letras). Na quinta feira, dia 24 de Setembro, a quinta edição do Sarau da Cesta junto com poetas do Sarau do Querô e integrantes da Revista Áporo entre outros guerreiros da poesia: Primavera dos Bixos!!!! Fizemos a sexta edição do Sarau da Cesta, na quinta dia 29 de Outubro, em co-realização com o Noite nas Tavernas, iniciativa do Centro Acadêmico(C.A) da Letras, gestão Olhos Livres, que aliou-se ao sarau desde o primeiro momento até sua última hora de mandato. O núcleo temático foi o período de eleições para o C.A: Vote Sarau da Cesta!!!!
Em conjunto com o CAELL – Gestão Veredas, dentro da Calourada USP/ 2010 - Bixos: Melhores dias Verão foi o tema da oitava edição do Sarau da Cesta: encontro marcado no dia 23 de fevereiro (terça-feira) às 21h na escadaria central na nossa faculdade de Letras. A proposta foi debatermos acesso à faculdade, o fazer poético e suas notações sociais, com escritores convidados e com você. Além, é claro, de lermos muitos poemas de diversos poetas representativos da literatura brasileira e universal e, principalmente, de autoria própria. Tire seus poemas das gavetas. Seus quadrinhos das pranchetas. Apresente seu teatro aos vivos. Sua música aos nossos ouvidos. Dance, dance, dance até raiar o dia. Contra a linha dura, a linha da cintura. Pinte o set e a oitava maravilha. Faça sua exposição fotográfica. É hora de sua arte ganhar a praça. Saraus, saraus, saraus. Em março recebemos o convite da Associação dos Amigos da Casa das Rosas, da Língua e da Literatura ( POIESIS) para apresentarmos o Sarau da Cesta no metrô Santa Cecília. Realizamos dois atos simbólicos, em Abril e Junho, respectivamente, em apoio aos alunos do CRUSP na ocupação da COSEAS e à greve dos funcionários com Reitoria ocupada. Em maio, fomos convidados desta vez pela ONG Ação Educativa que abriu as portas de seu auditório para fazermos mais saraus, saraus, saraus.Em agosto fechamos para reformas no IML ( Incendiários Maicknuclear e Laureatti) que juntos pela primeira vez na urbe torpe, inclusive até na cidadela universitária, realizam a fusão Sarau Portátil + Sarau da Cesta= Sarau Portátil da Cesta neles ! ! ! Dia 23 de Setembro ( quinta ) às 21h na Escadaria Central da Letras FFLCH / USP. Sarau Portátil da Cesta, décima terceira edição.
O Sarau da Cesta é independente de partidos e movimentos políticos universitários. É mais um movimento do que um evento uma vez que confiamos na frente única, passeatas e greves como instrumentos de pressão da classe trabalhadora e na necessidade da arte. Não nos mantemos alheios nem externos às questões concernentes à instituição universitária. Arte e política inseparáveis, assim como educação e livro são imprescindíveis.
É uma contravenção ao sistema do outro, um não pertencimento às representações midiárticas, desconstrução das idéias e dos discursos hegemônicos de novelas, jogos de futebol, vida-shopping. Para além de imposturas tolas e bobageiras de abstrações sem fim onde a vida intelectual pode se perder, ser desserviço. Todos artistas, todos possíveis. Diferente do estrelato e das afetações. Arte-cidadã com cuidado para não ficar só no discurso, com cautela de compreender junto o afastamento da violência e da insanidade pelo compartilhamento da palavra, pelo descolamento desta invisibilidade de excluídos ressentidos ou incluídos amedrontados. Rechaço de inferioridades e da falta de posses, reabilitação dos passados perdidos e das iniciativas inspiradas em ações reais e liberações sonhadas.
Projeto de conhecimento e projeto de poder. Re-inventar o poder. Estranhar meu cotidiano. Até que ponto interessa inscrever-se dentro do stress absoluto de não confiar no vizinho? Melhor o espaço de origem configurado na imagem aderida afetivamente aos próprios laços. Pouco a pouco as missões heróicas dos saraus em toda parte, não obstante os monstros... seja na instituição universitária ou para além dos muros da universidade...enfim ...que não se propaguem preconceitos nem ressentimentos, porém cidadania e arte. Cidadania é arte.
Cláudio Laureatti (autor do texto)
...Tudo nosso, inclusive as vírgulas ! ! ! . . .
Colecionar esta diversidade de exemplos vivos dos momentos de elaboração criativa da realidade: quando se elenca alguns saraus pensamos na Cooperifa, no Elo da Corrente, no sarau da Ademar, no sarau da Brasa, no Pavio da Cultura ( em Suzano) orientados por (r)evolucionários. As pessoas olham e ficam inspiradas. É para a auto-estima dos moradores da região onde podem ser encontradas crianças, jovens e idosos. Donas-de-casa, operários, professores e estudantes. Trocam-se experiências e incentivos. E travam a luta incansável contra a ignorância, mediocridade, conformismos e tristezas. Movimento dos sem palco, um quilombo, um lugar onde não se pergunta de onde você é, de que credo, cor, ou opção sexual. Só respeito e silêncio e o nome para ser chamado.
Realizamos 12 edições do Sarau da Cesta criado na FFLCH-Letras. O último Sarau da Cesta do ano 2009, mas não menos importante, contou com a presença de integrantes do Sarau da Casa das Rosas e a Turma do Morro do Querosene. Aliás, a sétima edição foi a derradeira do ano passado, porém num movimento gradativo, consciente e revolucionário estamos prenchendo os hiatos: um conjunto de escritores mais ou menos conscientes do seu papel, um conjunto de receptores e um mecanismo transmissor. Sarau da Cesta, FFLCH-Letras, Revista Áporo e a coleção Feito Na Letras, coordenada pelo professor Vicente Pietroforte.
Historicamente, a primeira edição foi no dia 3 de Abril no EPEL (Encontro Paulista dos Estudantes de Letras – que não acontecia há 20 anos) no lado externo ao prédio da Letras. A segunda edição aconteceu em 15 de maio com o tema: Você vai deixar sua vida ser regulada pelo mercado? Neste dia incorporamos um carrinho de supermercado que utilizamos como cavalete para um dos colaboradores pintar quadros, mais adiante serviu e serve para carregarmos os chapéus, banco, mancebo, tintas, além, é claro, de uma cesta cheia de livros para compartilharmos as obras, as palavras, os silêncios! Na terceira edição em 8 de Junho nos incorporamos ao movimento de greve na USP. Realizamos o sarau em frente à reitoria com o carro de som do SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP), com a participação de funcionários lendo poemas. E a quarta edição com o lançamento do livro Ávida Espingarda ( feito de poemas de alunos da Letras). Na quinta feira, dia 24 de Setembro, a quinta edição do Sarau da Cesta junto com poetas do Sarau do Querô e integrantes da Revista Áporo entre outros guerreiros da poesia: Primavera dos Bixos!!!! Fizemos a sexta edição do Sarau da Cesta, na quinta dia 29 de Outubro, em co-realização com o Noite nas Tavernas, iniciativa do Centro Acadêmico(C.A) da Letras, gestão Olhos Livres, que aliou-se ao sarau desde o primeiro momento até sua última hora de mandato. O núcleo temático foi o período de eleições para o C.A: Vote Sarau da Cesta!!!!
Em conjunto com o CAELL – Gestão Veredas, dentro da Calourada USP/ 2010 - Bixos: Melhores dias Verão foi o tema da oitava edição do Sarau da Cesta: encontro marcado no dia 23 de fevereiro (terça-feira) às 21h na escadaria central na nossa faculdade de Letras. A proposta foi debatermos acesso à faculdade, o fazer poético e suas notações sociais, com escritores convidados e com você. Além, é claro, de lermos muitos poemas de diversos poetas representativos da literatura brasileira e universal e, principalmente, de autoria própria. Tire seus poemas das gavetas. Seus quadrinhos das pranchetas. Apresente seu teatro aos vivos. Sua música aos nossos ouvidos. Dance, dance, dance até raiar o dia. Contra a linha dura, a linha da cintura. Pinte o set e a oitava maravilha. Faça sua exposição fotográfica. É hora de sua arte ganhar a praça. Saraus, saraus, saraus. Em março recebemos o convite da Associação dos Amigos da Casa das Rosas, da Língua e da Literatura ( POIESIS) para apresentarmos o Sarau da Cesta no metrô Santa Cecília. Realizamos dois atos simbólicos, em Abril e Junho, respectivamente, em apoio aos alunos do CRUSP na ocupação da COSEAS e à greve dos funcionários com Reitoria ocupada. Em maio, fomos convidados desta vez pela ONG Ação Educativa que abriu as portas de seu auditório para fazermos mais saraus, saraus, saraus.Em agosto fechamos para reformas no IML ( Incendiários Maicknuclear e Laureatti) que juntos pela primeira vez na urbe torpe, inclusive até na cidadela universitária, realizam a fusão Sarau Portátil + Sarau da Cesta= Sarau Portátil da Cesta neles ! ! ! Dia 23 de Setembro ( quinta ) às 21h na Escadaria Central da Letras FFLCH / USP. Sarau Portátil da Cesta, décima terceira edição.
O Sarau da Cesta é independente de partidos e movimentos políticos universitários. É mais um movimento do que um evento uma vez que confiamos na frente única, passeatas e greves como instrumentos de pressão da classe trabalhadora e na necessidade da arte. Não nos mantemos alheios nem externos às questões concernentes à instituição universitária. Arte e política inseparáveis, assim como educação e livro são imprescindíveis.
É uma contravenção ao sistema do outro, um não pertencimento às representações midiárticas, desconstrução das idéias e dos discursos hegemônicos de novelas, jogos de futebol, vida-shopping. Para além de imposturas tolas e bobageiras de abstrações sem fim onde a vida intelectual pode se perder, ser desserviço. Todos artistas, todos possíveis. Diferente do estrelato e das afetações. Arte-cidadã com cuidado para não ficar só no discurso, com cautela de compreender junto o afastamento da violência e da insanidade pelo compartilhamento da palavra, pelo descolamento desta invisibilidade de excluídos ressentidos ou incluídos amedrontados. Rechaço de inferioridades e da falta de posses, reabilitação dos passados perdidos e das iniciativas inspiradas em ações reais e liberações sonhadas.
Projeto de conhecimento e projeto de poder. Re-inventar o poder. Estranhar meu cotidiano. Até que ponto interessa inscrever-se dentro do stress absoluto de não confiar no vizinho? Melhor o espaço de origem configurado na imagem aderida afetivamente aos próprios laços. Pouco a pouco as missões heróicas dos saraus em toda parte, não obstante os monstros... seja na instituição universitária ou para além dos muros da universidade...enfim ...que não se propaguem preconceitos nem ressentimentos, porém cidadania e arte. Cidadania é arte.
Cláudio Laureatti (autor do texto)
...Tudo nosso, inclusive as vírgulas ! ! ! . . .
sábado, 15 de maio de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
Sarau da Cesta
Estação Poesia: Metrô Santa Cecília dia 30 de Março, terça-feira das 18h às 20h. Sarau do Metrô convidou Sarau da Cesta em sua nona edição. Nome na lista, poetas chamados ao palco, comungamos a palavra
Na oitava edição do Sarau da Cesta: Bixos - melhores dias Verão. Poesias mambembes, com muito protesto, muita identidade para aproximação e incentivo à poesia na faculdade, ampliando os horizontes para além dos muros da universidade com o debate de literatura e cidadania. Literatura é cidadania.Participaram da mesa de bate papo com sarau no dia 23 de fevereiro de 2010 na USP/FFLCH-Letras, os poetas Caco Pontes, Vágner Souza, Ivan Antunes, Rui Mascarenhas, Vicente Pietroforte. Veicularam seus projetos e falaram de si, em testemunhos e poemas, gerando um diálogo periferia-centro, mediados por Tatiana Busato e Cláudio Laureatti
“Larga de ser besta e cola com nóis no Sarau da Cesta”
Na oitava edição do Sarau da Cesta: Bixos - melhores dias Verão. Poesias mambembes, com muito protesto, muita identidade para aproximação e incentivo à poesia na faculdade, ampliando os horizontes para além dos muros da universidade com o debate de literatura e cidadania. Literatura é cidadania.Participaram da mesa de bate papo com sarau no dia 23 de fevereiro de 2010 na USP/FFLCH-Letras, os poetas Caco Pontes, Vágner Souza, Ivan Antunes, Rui Mascarenhas, Vicente Pietroforte. Veicularam seus projetos e falaram de si, em testemunhos e poemas, gerando um diálogo periferia-centro, mediados por Tatiana Busato e Cláudio Laureatti
“Larga de ser besta e cola com nóis no Sarau da Cesta”
Assinar:
Postagens (Atom)