terça-feira, 6 de julho de 2010
Carta sobre a greve dos funcionários da USP
Nove de Junho/2009: 1 ano do confronto na USP, o dia em que a PM invadiu a Cidade Universitária e feriu estudantes, funcionários e professores, e mais do que isso, reabriu feridas de um país, periférico no capitalismo mundial, que busca aprender e ensinar como construir uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais igualitária onde a educação não seja tratada como caso de polícia, porém enquanto oportunidade para se pensar e realizar sociedades menos violentas, menos inseguras, menos corruptas. Humildemente caminhemos nesta direção, pois a natureza está com estafa do efeito estufa e de muitas outras mazelas humanas, demasiadamente humanas.
Violência é a fome causada pelo corte de salário dos trabalhadores, que têm em média os menores rendimentos da universidade, por exercerem constitucionalmente o direito de greve, mas é também, e talvez sobretudo, a negação aos filhos destas mesmas pessoas ao acesso aos capitais culturais e benesses intelectuais que esta mesma instituição mantém aberradoramente apartados, criando frustração, ódio e humilhação nas cabeças tantas e muitas vezes cansadas das tarefas diárias, entre outras, de limpar os ambientes, cortar grama, conduzir ônibus, servir refeições e zelar pela segurança.
E para a permanência dos poucos estudantes de baixa renda em uma das universidades públicas mais elitistas do país tornou-se ponto pacífico que este grupo estatisticamente em menor número dentro do campus aproprie-se de auxílios tais quais alimentação e moradias. Colocar em prática ações extremistas como são as ocupações, dentro e fora do campus, sinaliza que a questão não é só passar no vestibular. Aliás, não concordamos com o vestibular. Seria melhor estatizar as demais universidades e o problema de vagas pode ser repensado, desconstruído e outras conformações poderiam ser propostas, enfim, propostas, propostas, propostas.
Direito de greve, direitos humanos e condições necessárias para que estudantes de graduação e pós-graduação oriundos da classe baixa possam ter plenas condições de permanência nesta universidade e, é claro, para além dos muros, não se propaguem preconceitos nem ressentimentos, porém cidadania e arte. Cidadania é arte. É isso.
Acesse : http://movimentonn.org/jornal/noticia/territoriolivre/2215
Violência é a fome causada pelo corte de salário dos trabalhadores, que têm em média os menores rendimentos da universidade, por exercerem constitucionalmente o direito de greve, mas é também, e talvez sobretudo, a negação aos filhos destas mesmas pessoas ao acesso aos capitais culturais e benesses intelectuais que esta mesma instituição mantém aberradoramente apartados, criando frustração, ódio e humilhação nas cabeças tantas e muitas vezes cansadas das tarefas diárias, entre outras, de limpar os ambientes, cortar grama, conduzir ônibus, servir refeições e zelar pela segurança.
E para a permanência dos poucos estudantes de baixa renda em uma das universidades públicas mais elitistas do país tornou-se ponto pacífico que este grupo estatisticamente em menor número dentro do campus aproprie-se de auxílios tais quais alimentação e moradias. Colocar em prática ações extremistas como são as ocupações, dentro e fora do campus, sinaliza que a questão não é só passar no vestibular. Aliás, não concordamos com o vestibular. Seria melhor estatizar as demais universidades e o problema de vagas pode ser repensado, desconstruído e outras conformações poderiam ser propostas, enfim, propostas, propostas, propostas.
Direito de greve, direitos humanos e condições necessárias para que estudantes de graduação e pós-graduação oriundos da classe baixa possam ter plenas condições de permanência nesta universidade e, é claro, para além dos muros, não se propaguem preconceitos nem ressentimentos, porém cidadania e arte. Cidadania é arte. É isso.
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