segunda-feira, 25 de julho de 2011
Evoé, Amy! (... e se riscássemos o amor do título...)
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Evoé, Amy!
“Vida louca vida, vida breve” parece ter ditado os caminhos de Amy Winehouse. Uma artista que em seu percurso teve que lidar com problemas com álcool e outras drogas. Além de drogas maiores como a hipocrisia.
“Há um monte de coisas que são normais pra mim do que pra vocês” disse ela em uma entrevista à revista Rolling Stone. Em clara consciência de se saber distante dos moralistas padrões de comportamento que o mundo tenta impor, em sua vida regada a escândalos e manchetes sensacionalistas (muita vezes verídicas) mas que a abalavam profundamente.
“They tried to make me go to rehab, But I said 'no, no, no”. Não vou me reabilitar, ela cantava em seu primeiro sucesso mundial. Para muitos, uma jogada de marketing nesse milionário jogo mercadológico que é a música Pop, onde anônimos são lançados à celebridade de um dia pra outro, para depois serem massacrados em praça pública. “Os fãs de hoje são os lixadores de amanhã” Gritava Cazuza em outros tempos. Entretanto, ela era pra outros tantos uma certeza: que mesmo que o brilho da estrela fosse efêmero, nem por isso seria de menor intensidade.
Herdeira de artistas, como Billie Holliday, Sarah Vaughan e Marvin Gaye trouxe o Soul, ou “ New Soul” com foi nomeado recentemente, às paradas de sucesso. Figura desengonçada e excêntrica, revelava uma tremenda doçura que deixava transparecer apenas em raros momentos. Sabia da pressão que se exercia sobre ela após o deslumbrante “ Back to Black” há muito considerado um dos clássicos da década pela crítica especializada.
Conheci Amy por intermédio do “ tudo-que-eu-queria ser” Nelson Motta. Ouvia seu disco todos os dias quanto voltava do trabalho. Ela um deleite a cada faixa. Sua voz peculiar, de timbre forte e rouco, acompanhada do excelente The Dap-Kings me acariciava os ouvidos depois da labuta. Meu tio Nego Adão, que inconscientemente me fez apreciar a Black Music com seus discos de Marvin Gaye e Al Green, teria adorado tudo isso.
Querida, Amy. Quantas foram as apostas de que você morreria antes dos 30? Quantos paparazzi a sua espreita para te ver jogada na sarjeta depois de um porre homérico regado a crack, álcool e cocaína? “De nada. Seus gooks da porra!’’. Dizia ela ( em voz baixa, é claro) diplomaticamente quanto eles iam embora lisonjeados pelas fotos conseguidas em frente a sua casa, pra mais tarde publicá-las na próxima capa de um tablóide qualquer. Nisso, até o finado Noticias Populares teria sido mais digno.
Que Baco e outras divindades te celebrem e te saúdam em sua volta para o lugar que todos irão. Malditos, belos ou não.
Evoé, Amy!
Elvis Morais – fria madrugada do dia 24 de Julho de 2011
Evoé, Amy!
“Vida louca vida, vida breve” parece ter ditado os caminhos de Amy Winehouse. Uma artista que em seu percurso teve que lidar com problemas com álcool e outras drogas. Além de drogas maiores como a hipocrisia.
“Há um monte de coisas que são normais pra mim do que pra vocês” disse ela em uma entrevista à revista Rolling Stone. Em clara consciência de se saber distante dos moralistas padrões de comportamento que o mundo tenta impor, em sua vida regada a escândalos e manchetes sensacionalistas (muita vezes verídicas) mas que a abalavam profundamente.
“They tried to make me go to rehab, But I said 'no, no, no”. Não vou me reabilitar, ela cantava em seu primeiro sucesso mundial. Para muitos, uma jogada de marketing nesse milionário jogo mercadológico que é a música Pop, onde anônimos são lançados à celebridade de um dia pra outro, para depois serem massacrados em praça pública. “Os fãs de hoje são os lixadores de amanhã” Gritava Cazuza em outros tempos. Entretanto, ela era pra outros tantos uma certeza: que mesmo que o brilho da estrela fosse efêmero, nem por isso seria de menor intensidade.
Herdeira de artistas, como Billie Holliday, Sarah Vaughan e Marvin Gaye trouxe o Soul, ou “ New Soul” com foi nomeado recentemente, às paradas de sucesso. Figura desengonçada e excêntrica, revelava uma tremenda doçura que deixava transparecer apenas em raros momentos. Sabia da pressão que se exercia sobre ela após o deslumbrante “ Back to Black” há muito considerado um dos clássicos da década pela crítica especializada.
Conheci Amy por intermédio do “ tudo-que-eu-queria ser” Nelson Motta. Ouvia seu disco todos os dias quanto voltava do trabalho. Ela um deleite a cada faixa. Sua voz peculiar, de timbre forte e rouco, acompanhada do excelente The Dap-Kings me acariciava os ouvidos depois da labuta. Meu tio Nego Adão, que inconscientemente me fez apreciar a Black Music com seus discos de Marvin Gaye e Al Green, teria adorado tudo isso.
Querida, Amy. Quantas foram as apostas de que você morreria antes dos 30? Quantos paparazzi a sua espreita para te ver jogada na sarjeta depois de um porre homérico regado a crack, álcool e cocaína? “De nada. Seus gooks da porra!’’. Dizia ela ( em voz baixa, é claro) diplomaticamente quanto eles iam embora lisonjeados pelas fotos conseguidas em frente a sua casa, pra mais tarde publicá-las na próxima capa de um tablóide qualquer. Nisso, até o finado Noticias Populares teria sido mais digno.
Que Baco e outras divindades te celebrem e te saúdam em sua volta para o lugar que todos irão. Malditos, belos ou não.
Evoé, Amy!
Elvis Morais – fria madrugada do dia 24 de Julho de 2011
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