segunda-feira, 12 de abril de 2021
Até quando não surtar?
Até quando não surtar ?
Sim é nossa culpa
Criamos esta situação
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está, cadê sua banda larga?
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está, cadê minha internet veloz?
Até quando esperar?
E cadê a desconexão para se reconectar
com o que perdemos sem perceber
E aquele abençoado
Afogado gravado antes de morrer
filmado no barco por você
Com tanta pluralidade por aí
Eu vim no parque encontrar internet ou pessoas?
Durante a viagem restaurantes e bares
oferecem acesso de raiva à família off-line
Com tantas pessoas por aí
Onde é que está, cadê sua real conexão?
Até quando esperar?
A plebe ajoelhar esperando “abaixo assinado”
para o pior presidente da história renunciar
Posso hackear wi-fi, ter conexão liberada
por míseros 30 minutos
Posso mas estou longe da antena e o sinal não funciona...
Não funciona
(Plebe rude, 1986 – Laureatti, 2021)
E o melhor está por vir. Porvir e por vir. Por vir é porvir.
Em artes, conhecido por Cláudio Laureatti. É um dos fundadores do Sarau da Paulista e co-organizador do Sarau das Mulheres Poetas (Casa das Rosas, 2018), com o poeta Rubens Jardim. Agitador cultural junto ao Praçarau (Virada Cultural, 2016) e Sarau Perifatividade (Virada Cultural, 2013). Publicou sua obra poética onde alguns poemas ganham o palco enquanto poesia encenada e/ou canção, “Luz & Tom" pela Editora FiloCzar (Livraria Martins Fontes,2017). Ator (DRT- 25598 SATED), poeta e educador (mestre, bacharel licenciado em Letras/USP). "A poesia modernista "Cobra Norato", de Raul Bopp: tradução para o nheengatu de mitologias originadas nas selvas da Amazônia" é o título do seu mestrado na FFLCH. Participante de saraus desde o final da década de 90. Foi homenageado pelo Sarau Sopa de Letrinhas (dezembro-2010; junho-2018) e recebeu 3 prêmios Cooperifa (2006, 2007, 2008) junto ao poeta Sérgio Vaz, além de ter sido membro da equipe do Sarau do Querô (2008) com Dinho Nascimento pela Associação Cultural do Morro do Querosene (PAC-15/incentivo estadual) e monitor de poesia do Sarau Lab-Art/FEUSP (2013 e 2014), ligado aos professores Marcos Ferreira e Rogério de Almeida. Realiza há mais de 12 anos o Sarau da Cesta na FFLCH/ USP e para além dos muros da universidade. O espetáculo teatral “Carlos, não se mate”, gravado em DVD no Circo-Escola São Remo foi resultado do IV Fórum de Cultura do Butantã (2008) junto ao poeta Paulo Almeida com os músicos Jerônimo Pinheiro e Haroldo Oliveira(Biblioteca Amoroso Lima/2012). Participou enquanto dramaturgo, ator e assistente de produção do projeto “Peabiru, caminho suave”, com financiamento do FEMA (Fundo Especial do Meio Ambiente–secretaria municipal 2011). O monólogo “Fragmentos de poetas” foi apresentado na Semana de Arte Moderna de Periferia (2007) com direção de Ênio Gonçalves (in memoriam). Foi levado à cena no SESC Interlagos (2003); no Teatro Monte Azul (2003, 2004 e 2005); no auditório da ONG Ação Educativa (2010); na Casa Mário de Andrade (2010) junto ao poeta Marco Pezão (in memoriam) e no Teatro Paideia (2015),com direção de Flávio Porto.Participações nas antologias do Sarau da Ademar e do Projeto 13 Visões do Largo Treze (VAI- municipal). É proponente do programa "Virada Livre", enquanto poeta, roterista e entrevistador no talk show (programa de entrevistas): encontros com artistas da palavra para jovens e adultos, estímulo a interatividade no universo do livro e da literatura brasileira e mundial. E do quadro "Zoom zoom zoom ...é poesia!", em diálogo com a cena cultural dos saraus na periferia e no centro.
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